#05- Voz de Comando

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Voz de Comando

O que é Voz de comando
Esta é o principal meio de comando da Ordem Unida, uma atividade Militar que serve para treinar deslocamentos e marchas.
Tipos
Voz de Atenção: é o comando que prepara o grupo para determinado comando.
Voz de Comando: é o comando propriamente dito.
Voz de Execução: é a ordem para executar o comando

 

COMANDO DE VOZ  ou VOZ DE COMANDO

A. Um comando voz efetuado corretamente será entendido por todos na unidade. Os comandos corretos têm um tom, cadência e atenção necessária que exigem uma resposta voluntária, correta e imediata.

B. Aprenda a pronunciar: A melhor postura para dar comandos é a posição da atenção (sentido). Os soldados em formação percebem a postura de seu líder. Se a postura dele for pouco militar (relaxada, ou desconfortável), os subordinados a imitarão.

C. O músculo mais importante usado na respiração é o diafragma – o músculo grande que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal. O diafragma controla automaticamente a respiração normal e é usado para controlar a respiração ao dar comandos.

D. A garganta, a boca e o nariz atuam como amplificadores e ajudam a dar plenitude (ressonância) e projeção à voz.

INFLEXÃO

A inflexão é a ascensão e queda do tom e o tom muda a voz. Sílaba Tônica (local da palavra onde se aplica o tom de maior evidência)

A). O comando preparatório é o comando que indica movimento. Pronuncie cada comando preparatório com uma inflexão crescente. O tom mais desejável, ao iniciar um comando preparatório, está próximo do nível da voz natural. Uma falha comum entre iniciantes é iniciar o comando preparatório em um tom tão alto que, após empregar uma inflexão crescente para o comando preparatório, é impossível atribuir o comando de execução com clareza ou sem esforço. Uma boa regra a lembrar é iniciar um comando próximo ao tom natural da voz.

DISTINTIVIDADE

A distinção depende do uso correto da língua, lábios e dentes, que formam os sons separados de uma palavra e agrupam os sons em sílabas. Comandos distintos são eficazes; comandos indistintos causam confusão. Todos os comandos podem ser pronunciados corretamente, sem perda de efeito. Enfatize a enunciação correta (distinção). Para enunciar claramente, faça pleno uso dos lábios, língua e mandíbula. Para desenvolver a capacidade de dar comandos claros e distintos, pratique dar comandos lenta e cuidadosamente, prolongando as sílabas. Então, aumente gradualmente a taxa de entrega para desenvolver uma cadência adequada, ainda enunciando cada sílaba distintamente.

 

CONTROLE DE VOZ

A intensidade do comando é ajustada ao número de soldados na unidade. Normalmente, o comandante fica na frente e no centro da unidade e fala de frente para a unidade, para que sua voz alcance à todos.

  1. A voz deve ter força, mas o esforço excessivo é desnecessário e prejudicial. Um resultado típico de se esforçar demais é o aperto quase inconsciente dos músculos do pescoço para forçar o som. Isso produz tensão, rouquidão, dor de garganta e, o pior de tudo, sons indistintos e confusos em vez de comandos claros. A facilidade é alcançada através de boa postura, respiração adequada, ajuste correto dos músculos da garganta e da boca e confiança.
  2. O comando de execução é o comando que indica quando um movimento deve ser executado. Dê um tom mais agudo e um tom ligeiramente mais alto que a última sílaba do comando preparatório. Deve ser administrado com bastante pressão. A melhor maneira de desenvolver uma voz de comando é praticar.
  3. Em comandos combinados, como o comando preparatório (advertência ou prevenção) e o comando de execução são combinados. Dê esses comandos sem inflexão e com o tom alto e alto uniforme de um comando normal de execução.

São formas padronizadas, pelas quais o comandante de uma fração exprime verbalmente a sua vontade. A voz constitui o meio de comando mais empregado na Ordem Unida. Deverá ser usada, sempre que possível, pois permite execução simultânea e imediata. As vozes de comando constam geralmente de:

 Instruções para as Vozes de Comando

  • As vozes de comando devem ser claras, enérgicas e de intensidade proporcional ao efetivo dos executantes. Uma voz de comando emitida com indiferença só poderá ter como resultado uma execução displicente.
  • O comandante deverá emitir as vozes de comando na posição de “Sentido“, com a frente voltada para o pelotão, de um local em que possa ser ouvido e visto por todos os homens.
  • Nos desfiles, o comandante dará as vozes de comando com a face voltada para o lado oposto àquele em que estiver a autoridade (ou o símbolo) a quem será prestada a continência.
  • Quando o comando tiver de ser executado simultaneamente por toda a tropa, os comandantes subordinados não o repetirão para suas frações. Caso contrário, repetirão o comando ou, se necessário, emitirão comandos complementares para as mesmas.
  • As vozes de comando devem ser rigorosamente padronizadas, para que a execução seja sempre uniforme.

Aqui você pode baixar uma apostila ilustrativa com os comandos de voz, como a figura a baixo:

Aqui você tem mais uma apostila de Ordem Unida do 2º Colégio da Polícia Militar do Paraná

A VOZ É FUNDAMENTAL PARA COMANDANTES MORES EXECUTEM COMANDOS PRECISOS….PRINCIPALMENTE COMANDOS DE VOZ.

14 cuidados para manter a voz saudável

Passar um dia rouco já é o suficiente para perceber o quanto a voz é importante para o ser humano. Por meio dela, conseguimos comunicar nossos pensamentos e emoções, além de revelarmos muito da nossa personalidade.

Os cuidados com esse meio de expressão é essencial. “Cuidar da voz é uma questão de condicionamento físico. Ela precisa estar forte para aguentar as variações do dia a dia”, aconselha a fonoaudióloga Thays Vaiano.

“O ideal é prestar atenção nos sinais que a voz nos dá. Ficar rouco com frequência, sentir dor, dificuldade na hora de falar ou viver com a garganta coçando são sinais de que algo vai mal”, completa a especialista. Para evitar esses incômodos e garantir uma voz saudável, confira dicas de fonoaudiólogos:

Invista na maçã!

Maçã - Foto: Getty Images
Maçã – Foto: Getty Images

A fonoaudióloga Thays Vaiano explica que a fruta tem ação adstringente, ou seja, “limpa” a garganta, trazendo alívio e bem-estar.

Evite pigarros

Homem pigarreando - Foto: Getty Images
Homem pigarreando – Foto: Getty Images

“Ao efetuar muitos pigarros com o objetivo de melhorar a secreção presente nas pregas vocais, o efeito é exatamente contrário”, adverte a fonoaudióloga Sonia Salama, membro do Comitê Nacional de Fluência da Fala. Por isso, para compensar a necessidade de tossir ou pigarrear forte, tente beber água ou deglutir algumas vezes.

Boceje!

Homem bocejando - Foto: Getty Images
Homem bocejando – Foto: Getty Images

O lema é relaxar. Aproveite ao acordar para bocejar e espreguiçar, ações que podem diminuir a tensão da região do pescoço e dos ombros. “Transforme também a hora do banho em um momento de relaxamento. Faça alguns exercícios movimentando os ombros e o pescoço na água morna”, aconselha a fonoaudióloga Solange Dorfman.

Evite o cigarro

Cigarro no cinzeiro - Foto: Getty Images
Cigarro no cinzeiro – Foto: Getty Images

Ele é um dos maiores vilões da voz – e da laringe! “Causa irritação e pode provocar laringite. Com o tempo, a voz fica mais grave e perde a potência”, explica Sonia Salama, fonoaudióloga. A nicotina, associada ao calor da fumaça, resseca as cordas vocais fazendo com que você fique rouco ou force ainda mais a musculatura para falar. E as consequências não ficam por aí: estudos comprovam que a incidência de câncer de laringe é maior em fumantes.

Beba álcool com moderação

Dois copos sendo enchidos com bebida - Foto: Getty Images
Dois copos sendo enchidos com bebida – Foto: Getty Images

O álcool também irrita as vias respiratórias e altera a qualidade vocal. Tem gente que diz que a bebida ajuda a “aquecer” a voz. Mas isso não passa de um mito! “O excesso de álcool pode até gerar um efeito agradável de relaxamento, mas também tem o efeito de anestésico”, explica a fonoaudióloga Sonia. Com as pregas vocais “amortecidas”, não conseguimos controlar o esforço que utilizamos ao falar e podemos exagerar, causando um grande desgaste.

Evite café em excesso

Pessoa tomando uma jarra inteira de café - Foto: Getty Images
Pessoa tomando uma jarra inteira de café – Foto: Getty Images

O café também é censurado quando o assunto é saúde vocal. Os responsáveis são o teor de cafeína e a temperatura elevada do café. “Eles desidratam as cordas vocais, assim como o cigarro, e provocam um aumento da acidez no estômago, causando refluxo e ardor na hora de falar”, alerta a fonoaudióloga Thays Vaiano.

Articule bem as palavras

Pessoa articulando bem a boca - Foto: Getty Images
Pessoa articulando bem a boca – Foto: Getty Images

A leitura labial e a boa dicção são importantes na comunicação. Articular bem a boca ao conversar facilita que os outros entendam o que você quer dizer e evita que você tenha que falar mais alto ou gritar para conversar.

Evite gritos e sussuros

Menina gritando e outra pedindo silêncio - Foto: Getty Images
Menina gritando e outra pedindo silêncio – Foto: Getty Images

Fale normalmente. Usar a voz em tom mais alto ou mais baixo que o habitual necessita um esforço maior, que pode provocar a formação de nódulos. “O calo acontece quando a pessoa força demais a musculatura e produz um choque entre as cordas vocais, devido a essa tensão exagerada. Como consequência, a voz fica com um agudo muito irritante e as pessoas perdem até mesmo o fôlego para falar”, explica José Antônio Pinto, otorrinolaringologista do Hospital e Maternidade São Camilo.

Preste atenção na sua respiração

Mulher respirando ar puro - Foto: Getty Images
Mulher respirando ar puro – Foto: Getty Images

Respirar pelo nariz é sempre mais saudável. Problemas respiratórios – a maioria de fundo alérgico – nos levam a respirar pela boca. Com isso, a garganta fica mais ressecada e fazemos um esforço maior para falar e respirar.

Tome bastante líquido

Pessoa bebendo água - Foto: Getty Images
Pessoa bebendo água – Foto: Getty Images

E prefira bebidas em temperatura ambiente. A hidratação é a chave para cuidar das pregas vocais. O ideal é ingerir uma média de dois litros de água por dia, ou um copo de água a cada duas horas. “Dessa forma, toda a área das pregas vocais fica mais lubrificada”, afirma a fonoaudióloga Sonia Salama. Se sua garganta for sensível ou já estiver irritada, também é interessante evitar líquidos muito gelados.

Cuidado com a azia e má digestão

Homem com dor de estômago - Foto: Getty Images
Homem com dor de estômago – Foto: Getty Images

Tire do cardápio alimentos que causam azia e má-digestão. O motivo é o refluxo gástrico, que é ácido e pode irritar a garganta. A fonoaudióloga Solange Dorfman também recomenda manter sempre uma alimentação equilibrada, sem ficar muitas horas em jejum, e mastigar bem os alimentos.

Evite levantar a voz

Mulher no alto falante - Foto: Getty Images
Mulher no alto falante – Foto: Getty Images

Procure não gritar, falar muito alto ou cantar durante muito tempo. Alterne períodos de descanso vocal com atividades nas quais você tem que falar muito. “Usar a voz seguidamente durante muito tempo pode levar a uma fadiga muscular”, justifica a fonoaudióloga Solange. Aos profissionais que precisam fazer uso diário e constante da voz – como professores, cantores, atores e jornalistas -, fica a dica da fonoaudióloga Thays Vaiano: “Tente não concentrar a força no pescoço, pois é esta força cervical que compromete o aparelho fonador”.

Evite o ar condicionado

Homem trabalhando com ar condicionado no teto - Foto: Getty Images
Homem trabalhando com ar condicionado no teto – Foto: Getty Images

Evite ficar muito tempo em ambientes com ar condicionado. Ele compromete a respiração e resseca o aparelho fonador. É preciso fazer um esforço muito maior com as cordas vocais para produzir o mesmo som que seria emitido sem tanta dificuldade em um ambiente livre de ar condicionado.

Modere na pimenta

Homem com batata frita cheia de pimenta - Foto: Getty Images
Homem com batata frita cheia de pimenta – Foto: Getty Images

Nada de muitos condimentos na comida. Pimenta e outros temperos podem deixar a comida mais saborosa, mas o exagero pode provocar irritações nas cordas vocais. Dependendo da sensibilidade, nem mesmo um bom gole de água pode aliviar a complicação.

(Fonte: Minha Vida)

DICA DE LEITURA

Voz Humana

 

 

 

TÉCNICAS VOCAIS E CORPORAIS ATRAVÉS DE EXERCÍCIOS, UTILIZADAS POR ATORES, QUE PODEM SER UTILIZADAS PARA COMANDANTES MORES EM SUAS PROJEÇÕES DE VOZ(COMANDOS) AO CORPO MUSICAL.

Temos como objetivo a conscientização corporal por parte do ator através da percepção do movimento executado, visando dar condições para a voz se lançar na direção desejada, com a intensidade adequada ao tamanho do espaço sem prejuízo da sua movimentação. Adequar respiração com movimento corporal, postura e flexibilidade é a meta a ser alcançada.

Procuramos dirigir o trabalho para um olhar do movimento priorizando a percepção total.

   1 – olhar o movimento não só com os olhos, mas com a percepção total;

   2 – descobrir as fontes físicas do movimento em si mesmo e nos outros;

   3 – ter controle intelectual e físico sobre seus movimentos;

   4 – aplicar essas habilidades para o desenvolvimento do papel.

Sabemos que professores e diretores podem guiar o aluno/ator através de técnicas especializadas relacionadas a uma forma de arte, tais como exercícios de voz ou dança. Podem ser capazes de dar assistência no desenvolvimento da expressividade, na prática da intuição. Entretanto, a grande responsabilidade sobre o desempenho artístico reside no próprio ator, no individual. Ele é a única pessoa que pode, através de trabalho duro, do estudo, da observação, inteligência e talento, desenvolver sua técnica. E é também a única pessoa que pode, transcendendo a técnica, expressar seus próprios sentimentos e uma visão da condição humana.

A- Inicia-se trabalhando a respiração na posição deitada:

1- Com uma das mãos no diafragma e outra no peito respirar naturalmente, sentindo o levantar e abaixar do seu diafragma. Sentir o ar entrando nos pulmões, percebendo o movimento dos mesmos. O exercício deve ser repetido várias vezes para que cada um descubra o tipo de esforço e tensão necessários para inspirar e segurar a respiração durante a pausa, bem como a sensação de alívio e o relaxamento na expiração. Após a percepção do mecanismo da respiração, acrescenta-se à expiração o som de ssssssiii … direcionado para o espaço.

2- Deitado de costas com os olhos fechados imaginar o espaço dentro de cada um como sendo um enorme buraco; concentrar-se na relação entre a forma do corpo e o espaço em volta; fazer um inventário mental da relação das partes do corpo e o lugar que elas ocupam. Devem perceber as sensações das várias partes do corpo em contato com o chão ou o espaço que o circunda, e logo após, suspender conscientemente o controle sobre o seu corpo e  “escutar” o que o corpo quer fazer.

As descobertas sobre a respiração devem ser usadas nos exercícios novos.

B- Fazer esse reconhecimento em posição sentada, realizando o mesmo inventário sobre as tensões.

1- Deixar que o peso da cabeça leve o tronco para frente até o chão, soltando o ar e alongando os músculos das costas. Nessa descida, durante a expiração, fazer a vibração dos lábios, conseguida através dos sons de prprprpr…, como se fosse um motor.

2- Ainda sentados, olhos fechados, palmas das mãos bem próximas, mas sem se tocarem, sentir o calor gerado entre as mãos. Mover as palmas das mãos lentamente passando uma pela outra várias vezes em direções opostas: mover para os lados, para frente, para trás e em círculo, juntar as palmas das mãos e  separá-las, percebendo a sensação do movimento na ponta dos dedos, nas mãos e nos antebraços.

3- Juntar as pontas dos dedos das duas mãos com um toque bem suave, e em seguida, dar batidas leves várias vezes. Juntar as palmas das mãos e começar a esfregá-las lentamente. Progressivamente, ir aumentando a intensidade e a energia da esfregação, até separar as mãos. Levar o tempo necessário para cada ação de forma que  a sensação do movimento possa ser sentida. Conscientizar-se de qualquer sensação que ocorra em outro lugar do corpo, especialmente na área da coluna. Ao sentir a energia que flui entre as mãos próximas emitir a ressonância com a percepção desse espaço entre elas, primeiramente com o zumbido hummm hummm e depois com o som mmommm  mmoommm mmoommm.

C- Trabalhar isoladamente partes do corpo, na posição de pé:

1- De pé com as pernas separadas, olhos fechados e braços caídos, mover os braços em círculo:

1º círculo: pressionar a palma da mão contra  a parte anterior da coxa contando até 6, levantar lentamente o braço para a frente até chegar acima da cabeça e concluir o círculo movendo o braço para trás até a posição inicial. Inspirar enquanto levanta o braço e emitir a vogal áfona [ a ] ao descê-lo.

2º círculo: inverter a direção e emitir a vogal áfona [ o ] ao descer o braço.

3º círculo: pressionar a palma da mão no lado da coxa, levantar lentamente o braço até chegar acima da cabeça e concluir o círculo cruzando o braço a frente até voltar à posição inicial. Inspirar na subida e emitir a vogal áfona [ e ] ao cruzar o braço à frente.

4º círculo: inverter o movimento e emitir a vogal áfona [ u ] ao cruzar o braço à frente.

Fazer os movimentos lentamente, mantendo a consciência da sensação do movimento, e particularmente da ação da gravidade no braço quando ele é levantado e o relaxamento dessa ação quando ele é abaixado.

Variantes do exercício:

– fazer com o mínimo de esforço

– repetir com os dedos expandidos amplamente separados e o braço  esticado o mais longe possível do corpo

– repetir uma terceira  vez com rápidas paradas e recomeços.

Enquanto estiver movendo, estar certo da energia requerida para fazer o movimento empurrado / puxado, da qualidade do movimento resultante e do sentimento no corpo todo durante essa movimentação.

2- Repetir esse exercício com a sonorização das vogais.

3- De pé, soltar um dos braços da articulação, deixando-o frouxo, pendurado do ombro. Movimento: começar pela rotação da mão para trás e para frente pelo punho e então ir lentamente envolvendo o braço todo. Trabalhar bem relaxado e suavemente. O braço deve mover-se pela força da gravidade, sem esforço. Acompanhar o movimento com a emissão da ressonância e adequar  a sua projeção ao tamanho do segmento do membro que está sendo movimentado. Pode ser feito com hummmhummm ou com mini… mini… mini… mini…

4- Individual: Em pé, focalizar um ponto qualquer e manter o olhar fixo nele, emitindo a ressonância ou outros sons variados. Levantar uma das pernas levando o pé até o joelho da perna de sustentação; perceber ações e sensações no corpo quando  tentar permanecer em pé. Relaxar e repetir o movimento emitindo ressonância ou sons direcionados para o espaço global, sentindo a diferença entre a emissão de sons com o olhar fixo e com  olhar global, percebendo como a voz  fica mais projetada com a percepção do espaço à sua volta.

5- Posição em pé: Sentir-se o centro de um cubo com linhas radiais saindo do seu corpo em todas as direções; imaginar as diferentes partes do corpo colocadas na mesma linha espacial; colocar um braço alinhado com esses vários raios; deixar o corpo torcer ou dobrar, se for necessário, para obter o braço em todas as direções possíveis. Tentar o exercício com a perna, ombros, quadris e tronco. Explorar a sua knesfera individual (espaço ocupado pelo corpo) nas posições: deitado no chão, ajoelhado, em pé, ao mover-se pela sala. A cada movimento, sentir que é circundado pela knesfera. Aliar aos movimentos a emissão das sílabas trtrammm   trtremmm  trtrimm   trtrommm   trtrrummm durante a maior expansão dos braços ou das pernas.

6- Em dupla: Empurrar o companheiro em várias partes do seu corpo usando também as diferentes partes do seu corpo: mão, ombro, cabeça, etc. Aquele que está parado faz a contra-força na mesma intensidade para que permaneça parado. Deve ter a consciência e o cuidado de não tensionar o pescoço ao fazer força com os braços para evitar problemas vocais. Emitir palavras ou textos ao executar o movimento, mantendo a voz firme e clara.

Exercícios que demandam uma contração excessiva da musculatura do pescoço, por exemplo, devem ser evitados, mesmo que  trabalhem bem a coluna e o abdômen.

D- Para a flexibilidade da coluna:

1- Sentado com as pernas esticadas à frente e braços em direção ao teto. Alongar o braço direito para cima iniciando o movimento da cintura; depois o braço esquerdo para cima  e os dois para cima; dobrar o corpo para frente, relaxando, dobrando a articulação coxo-femoral e esticando os músculos da parte inferior das costas e posterior das pernas. Voltar à posição inicial lentamente, trabalhando cada elo da coluna. Repetir o exercício com controle do diafragma para direcionar a pressão aérea, pressionando-o, e aliando as sílabas sssi-fffu-xxxii-pppa  a cada movimento (Método Espaço Direcional).

2- Quatro apoios – Contrair e alongar a coluna indo até ao chão como se fosse um gato manhoso se espreguiçando; contrair e alongar até fazer a curva ao contrário com a coluna; quando alongar ir até quase sentar nos calcanhares. Durante o movimento, emitir ressonância com nhiau, nhiau, nhiau, nhiau,  modulando-a de acordo com a maior ou menor expansão dos movimentos.

E- Para buscar o eixo:

1- Em pé, de costas para uma parede reta, tocar a parede com os calcanhares, o sacro, as costas, ombros e cabeça; sentir as várias partes do corpo onde os músculos estão ativamente trabalhando para manter o corpo ereto. Emitir a ressonância sentindo a vibração do som na coluna.

2- Na mesma posição, imaginar uma linha passando verticalmente pelo seu corpo. Sem forçar a ação, imagine que o corpo está sendo esticado para cima ao longo dessa linha imaginária; o corpo deve ter a sensação de leveza e flutuação. Perceber como cada parte do corpo, da cabeça até a pélvis e pernas, está mantendo o alinhamento básico. Imaginar seus ombros sendo dirigidos para os lados; sentir o contato do seu pé no chão, com o peso distribuído em três pontos – o dedão, o dedinho e o meio do calcanhar. A maioria dos grandes músculos estão envolvidos para manter a postura ereta. Sentir a inter-relação dos músculos que tornam isso possível. Inspirar e expirar alargando as costelas na inspiração: respiração costal-diafragmática.

3- Em decúbito dorsal, pernas dobradas, sola dos pés no chão, braços ao longo do corpo. Esticar a perna direita para baixo, umbigo em direção ao chão, sentindo o eixo, sem deixar o tronco mexer durante o movimento. Repetir com a outra perna, e depois com as duas. Repetir usando o braço. Associar a inspiração ao alongamento e a vibração trtrtrtrtrtr…  à troca de posições.

F- Para soltura das articulações:

Exercícios de rotação de pernas, ou de basculação. Durante esses exercícios, fazer vibrações com brbrbrbrbr…

G- Para trabalhar o andar:

Mover  a perna de trás para frente e vice-versa. A perna vai dobrada, e objetiva trabalhar a soltura da articulação coxo-femural e o equilíbrio. Associar a esse exercício  as sílabas pa-ca-tápa-cá-tapá-ca-ta … marcando com a extensão da perna a tônica escolhida. Deve-se repetir este exercício variando as vogais: pequeté, piquití, pocotó, pucutú, observando a variação das tônicas como relatado acima.

H- Para a coluna: trabalhar dividindo os 3 terços:

1- Deitado de costas, levantar a região do sacro até a cintura e voltar; depois a coluna até a altura da omoplata e finalmente até a cervical. O movimento deve ser lento e consciente fazendo com que cada pedacinho da coluna trabalhe na ida e na volta. É um elevar na ida e um “carimbar” com cada vértebra na volta.

Associar os movimentos aos sons ssii-ffu-xxi-ppaa (Método Espaço Direcional).

I- Para a torção do tronco:

Deitado de costas com as pernas flexionadas, pés juntos, deixar cair os dois joelhos para o lado direito, fazendo com que as pernas formem um ângulo reto com o tronco; alongar o braço esquerdo ao lado e vir descendo passando pelos quadris, pela frente do corpo e continuar o movimento passando acima da cabeça e voltando para a posição de origem. Associar ao relaxamento de laringe: bocejar sem recuar a língua na cavidade bucal.

A voz, levada pelo corpo do ator, flui arredondada ou direta, na dependência do movimento executado. Ao lado desse trabalho podemos fazer um trabalho de improvisação,  geralmente partindo de algum movimento mais trabalhado no aquecimento. Num aquecimento coletivo escolher um par e se relacionar com ele através do movimento. No momento em que o entrosamento do par é conseguido, pode ser assumido um sentimento/emoção visando uma troca entre os personagens.  Os diálogos que surgirem desse relacionamento ajudam ao ator a ir formando o corpo do personagem. Partimos do princípio que, se podemos improvisar com corpo, podemos mais facilmente improvisar com palavras. A quebra das amarras que impedem a imaginação de agir era o objetivo dessa fase do trabalho. Algumas vezes trabalhamos em cima de um roteiro mínimo de acontecimentos para direcionar a improvisação.  Foram elaboradas 15 seqüências básicas de exercícios de aquecimento de corpo e voz visando uma progressão crescente do trabalho e tomando por ponto de partida problemas apontados pelos atores. Essas seqüências foram trabalhadas por todos. Na fase final, cada ator, examinando sua situação corporal, montava sua própria seqüência de aquecimento.

Ao realizarmos esse trabalho, formamos a trilogia dos aspectos essenciais ao ator – interpretação, corpo e voz – todos voltados para uma atuação mais verdadeira, procurando através dos sentidos, um conhecimento maior do funcionamento do ator como um todo.

(fonte: http://www.seer.unirio.br/index.php/opercevejoonline/article/view/531/478 )