SP – Grande final do Circuito Amigos das Fanfarras e Bandas – 2022

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O PlanetaBandas tem a alegria em participar da divulgação deste evento, fazendo as imagens deste evento, para posteriormente publucar no canal PlanetaBandas do Youtube.

Conheça um pouco da Cidade de Bom Jesus dos Perdões, a sede da final do Circuito Amigos de 2022.

Os forasteiros e seus Caminhos ao Descobrimento de Bom Jesus dos Perdões

A localidade servia nos primórdios de passagem para tropeiros “Rota das Bandeiras” rumo as Minas Gerais, o local era conhecido pelos nativos como AJURITIBA que emTupi-Guarani significa: Ajuri = refúgio das aves e Tiba= colina. No final do século XVII, os colonizadores, aqui desembarcaram com suas famílias e comitivas e administraram um quinhão de terra, fazendo parte das capitanias hereditárias.

A família do Sr.Matias Lopes de Lima, natural da Ilha Terceira, Açores-Portugal, tornando-se donatário das terras, repassado posteriormente para sua filha a Dna. Bárbara Cardoso,viúva de Domingos Lopez de Lima, sendo ela uma grande devota do Senhor Bom Jesus, decide construir uma Capela em homenagem a sua devoção. Posteriormente, a Capela foi denominada de Bom Jesus do Perdão e atualmente é Santuário do Senhor Bom Jesus dos Perdões.

A Capela foi construída de taipa, por escravos e demais pessoas, que trabalharam com abnegação e persistência para sua construção, por cerca de 170 anos. Ao longo dos anos foi sofrendo modificações/ampliações, foi totalmente revestida de tijolos, ganhou às torres, sinos e relógio, tornando-se o belo Santuário de hoje.

Bárbara Cardoso é reconhecida como fundadora do atual município de Bom Jesus dos Perdões, na época à Diocese do Rio de Janeiro, cujo Bispo Dom Francisco de São Jerônimo de Andrade (06/08/1701 a 07/07/1721), deu a necessária autorização para realização dessa obra.

A capela foi construída no outeiro da vasta fazenda de 396 alqueires de propriedade de Dona Bárbara, na rota dos Bandeirantes que se dirigiam às minas dos Cataguases, nos sertões de Minas Gerais, ao lado esquerdo do rio Atibainha, ao lado das várzeas do Guaxinduva, que em Tupi-Guarani significa: Berço das águas, sendo ela um destaque em uma suave colina, entre as freguesias de Nossa Senhora de Nazaré e São João de Atibaia, à distância de légua e meia.

Em 22 de maio de 1705(Vigília do dia de pentecostes) o abade do Mosteiro de São Bento da província de São Paulo do Piratininga, frei Francisco da Conceição, com a assistência do Frei Mathias do Espírito Santo, filho da fundadora, inauguraram e abençoaram a capela que logo se tornou uma referência local e muito visitada pelos fiéis devotos até os dias de hoje.

Após cerca de 150 anos de administração da geração dos familiares da fundadora, foi instituída em ata no dia 06/08/1869 a Irmandade do Senhor Bom Jesus dos Perdões, que passou a administrar o patrimônio deixado para o “Bom Jesus dos Perdões”. Tendo continuado o legado a localidade foi elevada à categoria de freguesia, pelo decreto-85 em 23 de abril de 1873, tornando-se paróquia/freguesia.

No interior da capela as ricas obras de entalhe, a pintura e a ornamentação dos altares começaram em 1869, terminando em 1904, comemorada com uma grande festa junto com o bicentenário de fundação da cidade em 22 de maio de 1905. Foi elevada a categoria deSantuário Arquiepiscopal do Senhor Bom Jesus dos Perdõesem 11 de janeiro de 1913, título esse dado pelo arcebispo de São Paulo o Exmo.revmº. Dom Duarte Leopoldo e Silva, o qual convidou a Congregação Redentoristas (Alemanha) e o local passou a ser administrado pelos padres Redentoristas.

Os padres Redentoristas, como também o “Bem-aventurado Pe Vitor Coelho”, fez o noviciado nesse Santuário e apos, foram transferidos para Aparecida do Norte (SP), repassando a administração aos freis capuchinhos OFM (Ordem dos Frades Menores), em meados da década 1920. Em 25 de Julho de 1925, sua Santidade o Papa Pio XI institui a Diocese de Bragança Paulista, pertencente à arquidiocese Metropolitana de Campinas-SP, e o nosso Santuário passa a ser administrado pela Diocese de Bragança Paulista e a denominar-se “Santuário Diocesano”.

No inicio de agosto de 1930, chegam de Castela – Espanha a Ordem Santo Agostinho-Padres Agostinianos, que administram a localidade até o final da década de 1950.

Daí em 18/02/1959, com sua emancipação política administrativa, tornou-se oficialmente um novo município do Estado do São Paulo, através da lei 5.285, com uma área de aproximadamente 120 km², tendo como limítrofes as cidades de: Piracaia (N), Mairiporã (S), Atibaia (W) e Nazaré Paulista (L).

“Atualmente a localidade é reconhecida como: Circuito Turístico e Religioso do Entre Serras e Águas”

Cognominada de: “Cidade Santuário Ecológico e Religioso”

Fonte: Dados e relatos históricos adaptados por: Paulo A. Ramos/2011.

A cidade faz parte do ciclo das bandeiras que partiam de São Paulo com destino aos sertões brasileiros a procura de esmeraldas e pedras preciosas. Fernão Dias Paes, em sua última “bandeira”, deixou por ali sua prima, Barbara Cardoso, que estabeleceu-se no local dando início ao povoado do qual se originaram as cidades de Bom Jesus dos Perdões e Nazaré Paulista (cidades irmãs).

A fundadora é responsável pela construção da capela que deu origem ao atual templo religioso, em estilo barroco mineiro, que no início do século XIX foi reformado pelos discípulos do grande mestre Aleijadinho. em 1913 a capela do Senhor Bom Jesus dos Perdões foi elevada a Santuário Arquiepiscopal, hoje um centro religioso que recebe anualmente a visita de milhares de turistas e devotos vindos de todas as partes do país.

Entre nuvens, sol, serras e águas, a beleza que Bom Jesus dos Perdões oferece contribui com o panorama regional. Além desses benefícios, ela possui um desenvolvimento sustentável.

Suas portas abrem-se para o ecoturismo, pois apresenta um meio ambiente rico em águas e montanhas rochosas, esculpidas pelos ventos e pelas chuvas. Há também um marco ecológico para o nosso município, denominado Pedra do Coração. Localizada em uma região de aproximadamente 1000 metros de altitude, defronte uma cachoeira. Rica em fauna, flora, e nascente, compondo assim um belo visual.

Bom Jesus dos Perdões, um lugar onde o poeta com certeza escolheria para ter ali sua morada, um lugar onde o céu nos cobre com seu manto estrelado em quase todas as noites, um lugar onde se pode sonhar, ouvir pássaros, os pequenos animais e o farfalhar tranquilo das árvores, onde se pode adormecer e descansar como nunca, tudo isso numa região privilegiadíssima, aos pés da Serra da Mantiqueira, num clima considerado como o segundo melhor clima do mundo.

A cidade sustenta ainda a excelência em qualidade de vida, que oferece aos seus habitantes, qualidade esta já reconhecida pela ONU em pesquisa realizada ainda este ano entre as cidades do interior paulista. Seja como for, Perdões, esconde ainda muitas riquezas, e a principal delas é a fé dedicada por toda a sua gente, ao Santo Padroeiro. São muitas as festas religiosas que ocorrem durante o ano, na nossa cidade.

A cidade é um santuário ecológico, possui cachoeiras, matas nativas ideais para caminhadas, com destaque para a “Pedra do Coração”, e o “Mirante dos Camargos”. Possui ainda a “Pedra Grande”, que encontra-se na divisa com a cidade de Atibaia, local conhecido pelos praticantes de vôo livre. Perdões é também conhecida por suas nascentes de água, de excelente qualidade.

Principais Pontos Turísticos:

• Feira de artesão local (evidencia mais nas festividades do município)
• Turismo Gastronômico: nos finais de semana, à noite, instalam-se proximo a praça de eventos: Feira de alimentação onde é possível degustar diversos petiscos e guloseimas
• Igreja Matriz: Construída no início do século XVIII – elevado a santuário em 11 janeiro de 1913
• Atrativos Naturais: Existem em Bom Jesus dos Perdões, diversas cachoeiras, e locais tranquilos para caminhadas, com pássaros cantando, e um contato muito íntimo com a natureza. Para aqueles que gostam de esportes radicais, temos ao lado a Pedra Grande, um local nacionalmente conhecido pelos amantes do vôo Livre.

* Pedra do coração e Cachoeira do barrocão ( a 7 km do centro da cidade)

Fonte: texto copilados que foi solicitado a Secretaria de Cultura pela agência da UNICIDADES / Entre Serras e Aguas