PA – Grupo Pai D’Égua promove acampamento em busca de novos talentos da percussão

Os talentos descobertos irão participar da competição de Bandas e Fanfarras na América do Sul: O (WAMSB/IMC South American Open Championship

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Ocorre nos próximos dias 21 a 23 de abril o acampamento “Seletiva”, de percussão rudimentar, promovido pelo grupo Pai D’Égua. Organizado em Marituba, o evento tem como intuito ensinar aos interessados e compartilhar as técnicas da percussão rudimentar amazônica. Aberto para todos os públicos, com a idade mínima de 12 anos e de forma gratuita, lá serão selecionados alguns dos participantes para representar o estado em um dos maiores eventos de Bandas e Fanfarras na América do Sul: O (WAMSB/IMC South American Open Championship.

A competição será realizada entre os dias 12 e 15 de outubro deste ano, em Piracicaba, São Paulo. Ao todo, cinco categorias participam e o grupo Pai D’Égua, junto com os talentos descobertos no acampamento, participarão na “Drum Battle”, ou Batalha de Percussão, a qual funciona em dueto.

Com dez anos de história, o grupo Pai D’Égua reúne experiência, a qual começou por iniciativa da líder, percussionista e militante cultural, Cah Lima. Segundo ela, o intuito inicial eram as apresentações musicais, até migrar para o compartilhamento de técnicas de percussão. “A procura para que compartilhassemos mais sobre o estilo e técnicas da percussão marcial, foi muito grande. E foi a partir desse momento que nos concentramos mais na promoção de eventos de fomento, como oficinas, workshops e acampamentos”, contou ela.

O primeiro acampamento realizado pelo grupo aconteceu na cidade de Bragança, em 2014. A iniciativa reuniu cerca de 100 jovens e adolescentes.

Atualmente, o Pai D’Égua é responsável pela realização de eventos no segmento “marcial”, de bandas e fanfarras da região. “Hoje, nosso objetivo principal, é difundir o estilo da Percussão Rudimentar, mesclado aos ritmos existentes em nossa cultura paraense, além de fomentar e fortalecer o segmento musical e percussivo das Bandas e Fanfarras da região Amazônica. Não possuímos sede ou instrumentos próprios, o que faz com que nossas iniciativas sejam realizadas sempre em parceria com órgãos públicos e privados, além de grupos e bandas parceiras”, disse Cah.

Conhecidas por muitos e presentes no imaginários dos brasileiros, as Bandas e Fanfarras ganharam sua fama em desfiles cívicos, que acontecem geralmente no período de setembro no país. Ao contrário do que alguns podem pensar, a expressão artística vai além do que é visto nas apresentações nas ruas e, de acordo com a líder do grupo, é um movimento que precisa de reconhecimento. “Uma Banda ou Fanfarra é um dos movimentos mais ricos em manifestações artísticas e culturais, pois em um único grupo temos não só os músicos que compõem o corpo musical, mas também os bailarinos e coreógrafos que fazem parte da Linha de Frente, onde as danças e coreografias acontecem. O que destaca mais uma vez o quanto o movimento é rico, e de grande importância como ferramenta de educação e inclusão no ambiente escolar”, afirmou.

(*Estagiária Painah Silva, sob supervisão do Coordenador de Conteúdo de Cultura, Abílio Dantas)