O PlanetaBandas teve acesso a um e-mail, enviado primeiramente ao Claudio “Pantera”, da cidade de Itanhaém- SP, músico por muitos anos da Banda Marcial do Colégio Bilac, de São Paulo, onde a Funarte responde, sobre o veto à bandas marciais e fanfarras, que o edital criado também visa outros grupos musicais.
O questionamento do Claudio foi o seguinte: (abaixo)
Meu nome é Claudio de Oliveira Camargo, desde adolescente participei de bandas e fanfarras aqui no Estado de São Paulo, sendo que a maior parte da minha vida musical foi em banda marcial ( Banda de musica composta por instrumentos de metais como Trompetes, Flugelhorns, Trombones, Bombardinos, Melofones, Tubas, Sousafones, caixas, bombo, prato).
E me espanta que no premio Funarte de Apoio a bandas de Musica exatamente estejam excluídas as bandas marciais, sempre nos apresentamos em desfiles cívicos, inaugurações publicas, festivais de bandas e fanfarras, campeonatos, concertos populares em praça aberta, concertos eruditos em teatros, etc.
Não sei qual a definição de “banda Marcial” que foi passado para vocês, mas com certeza foi passado uma imagem errada. A unica diferença entre uma “banda musical” e uma “banda marcial” é que a banda musical tem flautas, clarinetes e saxofones. Como grupo musical as duas executam o mesmo repertorio, são idênticas na questão didática musical, sendo apenas uma opção mais barata para quem quer começar uma banda com a aquisição de instrumentos de metais.
Muitas prefeituras possuem banda marcial, sendo as vezes mais comum ter banda marcial em escolas publicas e prefeituras do que bandas musicaisO Maestro Dante sabe que acusticamente os instrumentos de metais soam mais alto que instrumentos de palheta em locais abertos, sendo que para cada trompete precisaria de 3 clarinetes ou 5 flautas para ter o mesmo volume de som. Daí a preferencia por Banda de metais em equipamentos públicos.
Gostaria muito que se fosse revisto a portaria de 2013 onde as bandas de metais ou bandas marciais fossem inclusas nessa premiação.
A CNBF (Confederação Nacional de Bandas e Fanfarras), pelo seu presidente Armando Nobre, entrou em contato com Rosana Lemos (Coordenadora de Bandas de Música – Centro da Música/FUNARTE), agendando reunião para tratar deste assunto, logo após o Carnaval.
Acreditamos que esse e-mail venha a esclarecer alguns pontos importantes levantados nas redes sociais e em conversas nos grupos de whatsapp do PlanetaBandas.
Caso você deseje participar de um grupo voltado a discussões e idéias sobre o movimento de bandas e fanfarras no Brasil e questões relevantes como essa, clique no link abaixo e participe. A entrada é livre para todos, sem qualquer tipo de solicitação, apenas seguindo as regras do grupo.
LINK DO GRUPO -> https://chat.whatsapp.com/J8chng3xeofEahBnAhUGeY
Leiam a íntegra do e-mail abaixo:
Prezado Senhor Cláudio,
Bom dia!
Reconhecemos o trabalho de formação que as bandas marciais vêm realizando ao longo dos anos!
Os recursos para que possamos estender o apoio aos demais conjuntos musicais, ainda é extremamente ínfimos! E por isso, os critérios estabelecidos no Edital.
Porém, atual Direção da Funarte, consciente da necessidade de estendermos o benefício aos demais conjuntos musicais que realizam a formação de músicos, trabalhará para que possamos sanar essa lacuna.
Ressaltamos que os Órgãos Estaduais e Municipais da Cultura e da Educação, também precisam ter um olhar especial para o trabalho que as bandas marciais e fanfarras realizam!
O mais importante é que precisamos nos manter unidos, para que juntos possamos nos ajudar e encontrar caminhos diante das dificuldades e mantermos o diálogo!
Atenciosamente,
Rosana G. Lemos
Coordenadora de Bandas de Música
Centro da Música/FUNARTE
Av. Presidente Vargas, 3.131 Sala 1804 – Cidade Nova
Centro Empresarial Cidade Nova – Edifício TelePorto
20.210-911 – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 2279-8106
A reportagem contou com o aceite do Claudio e também da sra. Rosana Lemos para a publicação.