Dançaterapia como agente de mudança

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Maria Fux em seu livro “Cos’è la Danzaterapia”, 2006 diz:

“A dança não pode existir isolada da sociedade em que vivemos, nem dos problemas cotidianos do homem e, fundamentalmente, não deve ser privilégio daqueles que se intitulam como superdotados, mas deve sim ser patrimônio da educação comum, como matéria de grande valor estético e formativo.” (*)

A Dançaterapia proporciona através do movimento e dos estímulos propostos a possibilidade de reativar diversos campos do mundo interior, o que provoca mudanças substanciais que são percebidas gradativamente e em tempos diferentes para cada um.

O corpo não engana quando se expressa livremente e o movimento verdadeiro favorece uma melhor compreensão do que somos. Reintegrar “corpo e mente” e ampliar o autoconhecimento favorece a conexão pessoal com o mundo exterior de uma forma profunda e harmoniosa.

A metodologia é um convite constante à compreensão dos contrastes que nos habitam, porque a vida é um contraste eterno, e temos que saber enfrentar todos os dias os “SIMs” e os “NÃOs” que se manifestam dentro e fora de nós, a cada gesto, a cada olhar, a cada movimento da vida.

Compreender estes contrastes, as limitações que de alguma maneira todos têm e perceber que as mudanças despertas pela Dançaterapia não passam por um processo verbal ou mental, mas se edificam através do movimento liberto e criativo do corpo é de crucial importância.

Com base na afirmação de Maria Fux no primeiro parágrafo deste artigo, a Dançaterapia é uma metodologia em que a “Dança” se torna acessível a todos, sem exceção, onde os limites são apenas pontos de partida para novas descobertas.

(*) Tradução Livre