ACADEMIA PARA O MOR – MELHORES PRÁTICAS AO MACE

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Regente Mor

Oriundo dos exércitos e tropas medievais que tinham a sua frente um comandante que os orientava quanto ao ritmo e deslocamento; as Bandas e Fanfarras tem no Regente Mor seu orientador e regente nos deslocamentos. Prezando pela ordem, orientação, qualidade e liderança da Corporação, postado a frente do Corpo Musical como orientador e zelador pelo ritmo e conduta. Uma figura de respeito e grande responsabilidade.

1. A partir do ano de 2018 no RJ, o Regente Mor passa a ser integrante do Corpo Musical, não mais contando como integrante do Corpo Coreográfico.

2. A seguir comento um pouco sobre as melhoras práticas e devidas orientações aos Quesitos que compõem a avaliação do Mor:

2.1 – Indumentária;
Passamos a intitular Indumentária para regulamentar a vestimenta e o instrumento (Bastão, Mace ou Espada) do Mor com os padrões do Corpo Musical e como peça única; guardando as cores e características do modelo de vestimenta do Musical.

2.2 – Voz de Comando;
Precisa ser clara, objetiva e que emane a devida orientação ao Corpo Musical, permitindo a devida compreensão do grupo e resposta ao comando.

2.3 – Comandos (Bastão, Mace ou Espada);

Bastão: é um instrumento para comando sem regulamentação específica e sim orientado pela boa prática em sua usabilidade, utilizando a parte superior para musicalidade, comandar e conduzir; facultado o uso de regência após a formação de concha frente a mesa de julgamento musical.
Lançamentos e giros usados de forma facultada demonstra unicamente habilidade não acrescentando pontos a avaliação, no caso de quedas impactará na perda de pontos pois desqualifica a essência do Mor, o comando.

Mace: é um instrumento mais adequado ao Mor, por ser internacionalmente reconhecido como instrumento de comando do Regente Mor (Drum Major) regulamentado em seu uso pela boa prática e pela organização mundial Regimental Mace.
A Coroa é utilizada para marcação de compasso e ritmo e a Ponteira é utilizada para a orientação de movimentações, formações e comandos. A regência é vetada ao uso com este instrumento. Lançamentos e giros usados de forma facultada demonstra unicamente habilidade e não acrescentando pontos a avaliação, no caso de quedas impactará na perda de pontos pois desqualifica a essência do Mor, o comando.

Espada: é um instrumento regulamento em seu uso pela boa prática e pelas tropas militares que melhor descrevem em Lei.
A espada tem forma adequada de empunhadura, angulações e movimentos. O uso de regência com a espada permite-se quando o Corpo Musical esta frente a comissão avaliadora (formado em concha) com a espada embainhada, sabendo que em momento algum ela deve ser levada ao chão. Lançamentos são proibidos com espada para a preservação da integridade física, giros são facultados desde que na lateral do corpo e em momentos específicos de forma que não apresente exageros e risco aos presentes e não prejudique o comando e a condução.

Apito: tem seu uso facultado e complementar a apresentação, sempre complementar a um dos instrumentos anteriores, e ao comando; não substitui os comandos de voz e comumente utilizado em corporações numerosas e de grande comprimento.

2.4 – Condução;

É avaliada através do andamento e a conduta ao longo da apresentação, avalia-se o domínio e controle do grupo. Iniciando sua avaliação do rompimento de marcha até a formação de concha, frente à Comissão Avaliadora. Este quesito também é avaliado na retirada do Corpo Musical.

2.5 – Marcha;
É avaliada através da movimentação dos pés, da coordenação motora de pernas e braços; da dinâmica, ritmo e padrão apresentado nivelado ao padrão apresentado pelo Corpo Musical, com o devido sincronismo e marcialidade.

2.6 – Garbo e Empunhadura;
Avalia-se a postura, a firmeza em seu corpo e postura em sua indumentária, a segurança transmitida através dos comandos e condução, a atitude e firmeza nos movimentos, mantendo sempre uma precisão rítmica, coordenada e coesa; numa postura que evidencie gala (excelência na postura).

2.7 – Retirada (todos os quesitos de Entrada serão avaliados em conjunto neste quesito).
Com isso buscamos qualificar o Mor em sua função de segundo regente e comandante da Corporação, e trazer a essência histórica de comandante e condutor das tropas e grupos para o nosso meio.

PRÁTICAS AO MANUSEIO DO MACE:

Por favor, tenha em mente que não existem sinais errados a menos que eles sejam ineficazes. Nós tentaremos retratar esses sinais que são usados pelos regimentos escoceses. Por favor, use este manual para orientação. Não é nossa intenção estabelecer o método correto de mace de comandos. Sinta-se livre para ajustar e adaptar-se aos sinais que fará a sua banda ter um melhor desempenho. Esclareço que existem pesquisas em andamento para oferecer melhor conhecimento ao Mor Brasileiro, estas orientações estão construídas com base nas boas práticas mundiais ao uso do Mace. Denomino boas práticas pois regras são imposições e o objetivo é orientar e não impor. 8 tópicos importantes à boa prática do Mace. 1. Quando a banda está a tocar, o sinal deve otimamente coincidir com o final da parte forte. Sinais que coincidem com pausas naturais musicais melhora a qualidade da execução e confiança a se ter com os músicos. 2. Ao executar sinais, a mace deve permanecer no plano vertical imaginário em frente do corpo. 3. Comandos verbais e sinais com a mace podem ser executados simultaneamente, fornecendo uma menor chance de falhas de sinal para a banda. 4. O comando verbal “QUICK MARCO” ou “ENFRENTE MARCHE” é o preferido sobre o sinal de mace, ao exigir para a banda avançar sem um toque de tambor estabelecido. 5. Durante a marcha, os sinais de execução são dados quando o pé esquerdo tocar o chão. 6. Sugere-se o pé esquerdo deve tocar o chão na contagem de números ímpares, enquanto o pé direito atinge a terreno na contagem de números pares. 7. Quando a mace se estende acima da altura dos ombros, um sinal está sendo executado. 8. Os sinais com a virola (ponta) são comandos de manobra, enquanto os sinais da coroa são comandos de música.

VISÃO GERAL: O mace tem sido associado como um símbolo de autoridade. O drum major usa a mace para transmitir sinais aos sopros e tambores. Os comandos de Mace variam de regimento a regimento e historicamente foram transmitidos de drum major para drum major. Geralmente, os comandos de início, paradas e contadores de marcha são semelhantes entre os regimentos, uma vez que esses comandos são aqueles comumente usados com bandas em marcha. O mace se divide em: Crown = Coroa Shaft = Eixo Collar = Colarinho Chain = Cadeia Ferrule = Ponta (tradução similar)

Ele, o mace, deriva da arma medieval do mesmo nome. Composta por uma cabeça com ponta anexada por uma corrente a uma alça de madeira. A mazza era girada em torno da cabeça para limpar um caminho ou para atacar um oponente desalinhado. As partes básicas permanecem, embora adaptadas. As partes da mace são o finial, a coroa, o colar da coroa, o eixo, a corrente, a corrente e a ferrula (Fig. 1). O topo da mace é chamado de coroa, bola ou cabeça. A coroa pode ser moldada a partir de prata esterlina, cromo, prata ou metal banhado a ouro. A coroa pode ser coberta com um metal final que pode assumir a forma de uma coroa, leão desenfreado, águia, trevo, etc. O corpo ou o eixo da mace pode consistir em cana Malaca, madeira ou fibra de vidro. O eixo pode ser enrolado em qualquer corrente, cordão ou ser deixado liso. A virola é a peça metálica cilíndrica cônica no fundo da mace. O comprimento adequado da mace é a altura dos ombros da virola para o final.

As principais bandas regimentais militares usam maces de cana Malacca ornamentada e pesada. As coroas são feitas de Sterling Silver, podem ter o crachá do regimento afixado, bem como gravadas ou adornadas com as honras de batalha do regimento. Existem maces de bengala mais leves que são favorecidas por majores de cilindros de competição de classe mundial. Os maces de cana Malacca tendem a ser ponderados de forma diferente e são mais pesados do que os maces de fibra de vidro. Os maces de cana Malacca completam “a aparência” de um tubo e tambor/grande de regimento. Infelizmente, eles podem ser bastante caros e difíceis de encontrar. Os fabricantes de maces de cana Malacca florescentes, bem como maces regimentais personalizadas, são George Potter & Co. e Dalman & Narborough, Ltd. da Inglaterra. Peacock’s Marching World também carrega uma linha de maces de cana. OBS.: maces de eixo de fibra de vidro são muito comuns, particularmente entre os alunos do ensino médio e da faculdade. Eles são baratos, reparáveis e existem muitos distribuidores facilmente encontrados. Alguns acham que os maces de fibra de vidro são mais difíceis de florescer do que os maces de cana Malacca. Os principais fabricantes de maces de fibra de vidro são Premier Percussion, Ltd. e Peacock’s Marching World.

DESCRIÇÃO:

Nesta lição, você aprenderá as posições e os sinais da mace requerida para um major de tambor para liderar uma banda Marcial. OBJETIVO DO APRENDIZADO: CONDIÇÕES: dada a informação nesta lição. AÇÕES: você identificará as posições e os sinais da mace.
Introdução: Como principal de bateria/banda, você é responsável pela ordem e disciplina da banda. Sua capacidade de funcionar como O major de bateria requer o conhecimento dos sinais de mace. Você deve conhecer os sinais necessários para liderar a banda em qualquer cerimônia. Esta lição inclui todos os sinais de mace que você usará durante a execução em uma cerimônia.

O MACE

O mace é usado pelo major do tambor para transmitir comandos ou sinais para a banda. O ponto de equilíbrio da mace é o ponto em que o mace é equilibrado quando realizado verticalmente por dois dedos. Este ponto geralmente está em uma posição aproximadamente um terço do entre a bola e a ferrula.
Desempenho dos Sinais de Mace. Os sinais e movimentos do Mace são normalmente realizados em cadência em um tempo entre 116 e 120 batimentos por minuto. Para sinais executados durante a marcha, número impar; de forma sugerida e não obrigatória. As contagens ocorrem quando o pé esquerdo atinge o solo.

FONTE: Militar Mace Manual. – 2004 Mace Manual para Tubos e Bateria www.drummajor.net TODOS OS DIREITOS RESERVADOS v 3.0 1

OBS.: Conhecimento técnico para aperfeiçoamento deve ser adquirido através de cursos de capacitação e workshops. Conhecimento só tem valor quando transmitido!!! Boa Sorte!!! Abraços.

O AUTOR

José Carlos Oliveira, Regente Mor e Coreógrafo; profissional de gestão, Gerente de Projetos; no meio de bandas e fanfarras desde 1999, oriundo do RJ. Regente Mor para o desenvolvimento, orientação, comando e condução do Corpo Musical e o zelo pela Corporação.
Está como Consultor Técnico na Câmara de Regente Mor da Federação de Bandas e Fanfarras do Rio de Janeiro – FFABERJ, neste ano publicando em regulamento orientações claras e descritivas ao Regente Mor para o melhor entendimento do leitor; buscando contribuir para nosso meio a nível nacional.
Ao longo destes anos em Bandas e Fanfarras esteve à frente de Corporações como COMOT, FANFADUQUE, CARLOS MARIGHELLA, LICEU NILO PEÇANHA, BAMMITA, atualmente Regente Mor da Fanfarra Duque de Caxias-FANFADUQUE no RJ e da Fanfarra Gabriel Prestes-FAGAP em SP.

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